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Sempre achei o máximo estas caixinhas!
Escrever.
Adoro escrever. Com nexo. Sem nexo. Blogs. Cartas. Cadernos. Folhas soltas. O que me apetece. Pensamentos. Ou simples cópias. Transcrições. Com caneta. Lápis. Ou teclado. Para mim. Para os outros. Para ninguem. Letras. Palavras. Frases.
Fazer o que gosto.
Ou
Gostar do que faço.
Parece um cliché. Que quer dizer o mesmo. Mas não.Há uma fina linha que separa as duas situações. E para mim o mais preocupante é que parece que não me adequo a nenhuma das duas. Mas ao mesmo tempo consigo estar nos dois lados. Dou por mim muitas vezes nestes dilemas. E começo a pensar que estou a entrar na loucura. Dos 40, quase ai a porta. Tem sido momentos complicados de desconforto. Mas dizem que para crescermos, para evoluirmos temos de sair da nossa zona confortável. O porreiro é a nossa capacidade de adaptação. Perdi as certezas. O rumo desapareceu. Só quero ser feliz. E ser feliz para mim? O que é?
Faz hoje 16 anos que nos unimos. Tem sido intenso. Umas vezes com mais, outras vezes com menos. Mas na vida, tudo é assim. Caminhar juntos tem sido inspirador e tens-me ensinado muito. As vezes esqueço-me que somos dois e não apenas um. Porque apesar de sermos uma família, somos dois seres diferentes. Amo-te. Estarei sempre ao teu lado. Independentemente dos desafios que nos são colocados no caminho. Um dos meus maiores prazeres é ver-te feliz!
Estar em casa.
Adoro estar em casa. Não importa a fazer o quê. A limpar ou descansar. Mas estar no meu espaço. O tempo passa rápido. Tenho sempre o que fazer. E sinto-me bem.
Das coisas que mais gosto de fazer é escrever. Escrever o que me apetece e essencialmente o que me vai na alma. E tinha descuidado esta vontade, este gosto, este prazer. Ás vezes por falta de tempo, outras porque não apetecia e outras ainda porque quando paras é difícil voltar. Mas este auto-desafio fez-me bem. Obrigou-me a voltar a olhar para mim. A interiorizar. A fazê-lo por mim e só por mim. Percebi que nesta coisa dos auto-desafios há coisas que correm mal, ou melhor, não correm como idealizamos. Em vez de desistir, perceber como é possível adaptar às tuas necessidades e capacidades. Para mim, ao fim-de-semana era o meu maior obstáculo. Porque ao fim-de-semana a parte electrónica fica quase sempre de fora. Tenho outras prioridades. No inicio ainda resisti contra a solução que encontrei. Mas depois percebi que não estava contra ao que tinha idealizado. Apenas estava a ser flexível. O resultado esperado ia ser idêntico. Por isso, neste caminho de auto-desafio tão simples, aprendi tanto.
Depois das perguntas as respostas vão surgindo. As vezes não são obvias. Outras vezes estão mesmo à nossa frente e não conseguimos perceber. E de repente, num momento, A-HA, compreendemos. Compreensão é uma das capacidades que mais peço. Capacidade de me compreender e a tudo que me rodeia.
Durante muito tempo não conseguia fazer perguntas. Formular perguntas. Achar sequer que precisava de fazer perguntas. Hoje compreendo que todos os dias precisamos de perguntas. São as perguntas que nos ajudam a caminhar. É essencial perguntar. Descobri também que não perguntava porque tinha medo das respostas. Talvez porque incoscientemente sabia as respostas. E por vezes as respostas não são aquilo que quero ouvir. Tenho tendencia a procurar o prazer imediato. Querer respostas imediatas, resultados imediatos. A minha mente é rápida. Felizmente a natureza é sábia e foi-me moldando um corpo lento. Agora só preciso aprender a equilibrar estas minhas partes do SER.
Percebo agora que a Liberdade é uma opção. E que todos somos livres. E eu tenho me aprisionado a mim própria de tantas maneiras diferentes. Hoje eu escolho ser FELIZ. Eu sou FELIZ. Eu amo sentir-me FELIZ. Eu sou LIVRE. Eu amo ser LIVRE.
Leiam este artigo. Faz todo o sentido, para mim, claro!
De todo este processo de despertar, crescimento, amadurecimento ou o que me apetecer chamar vou-me apercebendo das ligeiras mudanças em mim. O renascer do meu Ser. O desejo de voltar a viver. De voltar a brincar. De voltar a amar. De voltar a ser EU. O que outrora me causava medo, hoje dou por mim a querer estar em contato o mais tempo possivel. Pessoas. Estar, interagir, falar, amar. Ser. A Fénix renasce das cinzas. E nós temos essa capacidade. Quando as nossas crenças são destruidas. Fica um espaço vazio e o melhor para o preencher é o AMOR. E amar-mo-nos e amar o planeta e a humanidade. E acima de tudo amar o Universo.
Voltar a trazer este sentimento de ser mulher para mim. É algo que devo fazer. Ter prazer em ser mulher. Parece mentira. Mas é verdade. Quando analiso a questão bem a fundo descubro que tenho vergonha de ser mulher. Da vulgaridade. Percebo que ando longe, iludida da dádiva de ser mulher. E aos poucos, nestes passinhos de bebe que ando a tentar dar descubro um verdadeiro prazer em ser. E ser é um estado natural de ser mulher.
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