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Aprovação

por Pó de Arroz, em 04.12.20

Ainda tenho tanto que aprender e tanto que caminhar...

Por que razão me custa tanto tomar decisões?

E a resposta é simples.

Porque sempre que escolho, procuro a aprovação de terceiros. Dos meus pais. Essencialmente da minha Mãe.

E porque é que ainda continuo neste registo? Afinal já tenho 42 anos! Já tenho idade mais do que suficiente para seguir só por mim e ser responsável pelas minhas escolhas.

E a resposta é simples.

Nós fazemos o que sempre vimos fazer.

E é mesmo verdade... se subir para a nuvem e olhar para baixo percebo que a minha mãe sempre precisou de aprovação de terceiros. De alguma forma, sempre procurou alguém que lhe diga sim ou que não. Assim, inconscientemente, tem sempre alguém a quem culpar caso alguma coisa não corra como ela deseja.

Gratidão imensa Mãe por tudo o que me ensinas. Sinto que de alguma forma conquistei mais um degrau nesta minha jornada de vida. Com Amor! 

 

 

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E agora?

por Pó de Arroz, em 03.12.20

E agora? É o pensamento que tenho com mais frequencia?

E agora o que devo fazer?

Por onde devo ir? 

Sigo um caminho igual ao que conheço ou tento encontrar um novo caminho?

Procuro um sinal luminoso a piscar que de alguma forma me indique o que fazer. Mas para quem anda na busca já há algum tempo sabe que os sinais são subtis e quase impercetiveis.

Aliás... Parece-me que o tal sinal luminoso a piscar é mesmo o despedimento... 

E agora? O que eu escolho fazer com esta situação?

 

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O fim de uma etapa

por Pó de Arroz, em 02.12.20

Pois é... Algumas coisas aconteceram por aqui...

Fico espantada comigo própria... porque ao olhar para trás vejo que trabalhei muito para conseguir mudar a minha consciência para um patamar mais elevado... e sinto que de alguma forma consegui atingir esse objectivo.

Na sexta-feira passada fui despedida. Alegam que com toda esta situação gerada pela pandemia, que aliada ao facto de as coisas já não estarem famosas desde o inicio do ano, que não têm condições em continuar a apostar nos projectos a que tinha sido alocada, pelo que iriam dispensar os meus serviços no final do ano. Largaram a bomba, despediram-se e pediram para esperar que os recursos humanos entrassem em contacto.

No momento fiquei sem ar... É claro que custa receber uma noticia destas... afinal foram 18 anos da minha vida associada a esta empresa. Mas analisando friamente esta situação... aquilo que me prendia a este trabalho era o salário ao fim do mês... É estranho aquilo que estou a sentir... sinto que fui liberta ao fim de 18 anos de prisão... e que agora, finalmente, posso escolher seguir pelo caminho que eu quiser. 

Parece-me que o mais difícil vai ser lidar com a minha família. As conversas vão todas dar ao mesmo sitio como se fosse o fim do mundo... começa também a pressão para que arranje um trabalho igual e nos mesmo moldes daquele em que ainda não saí...

Muito honestamente, não sei se quero seguir por aí... os meus interesses mudaram muito nestes últimos 18 anos. Compreendi e aprendi tanta coisa que só de pensar em me meter numa situação igual me dá calafrios e apertos no coração.

O meu maior medo é o de não conseguir seguir pelo meu caminho, aquele que faz cantar o meu coração... ou pior... o de não conseguir perceber o que é que o meu coração está a cantar e fazer alguma escolha errada... bem... agora que escrevo... percebo que aquilo que tenho medo é de ter de ouvir alguém a dizer : "Eu avisei-te"... e por isso todas as situações pelas quais tiver de passar são como uma espécie de castigo por não ter feito aquilo que queriam que eu fizesse...

 

 

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