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Sempre achei o máximo estas caixinhas!
Ainda tenho tanto que aprender e tanto que caminhar...
Por que razão me custa tanto tomar decisões?
E a resposta é simples.
Porque sempre que escolho, procuro a aprovação de terceiros. Dos meus pais. Essencialmente da minha Mãe.
E porque é que ainda continuo neste registo? Afinal já tenho 42 anos! Já tenho idade mais do que suficiente para seguir só por mim e ser responsável pelas minhas escolhas.
E a resposta é simples.
Nós fazemos o que sempre vimos fazer.
E é mesmo verdade... se subir para a nuvem e olhar para baixo percebo que a minha mãe sempre precisou de aprovação de terceiros. De alguma forma, sempre procurou alguém que lhe diga sim ou que não. Assim, inconscientemente, tem sempre alguém a quem culpar caso alguma coisa não corra como ela deseja.
Gratidão imensa Mãe por tudo o que me ensinas. Sinto que de alguma forma conquistei mais um degrau nesta minha jornada de vida. Com Amor!
E agora? É o pensamento que tenho com mais frequencia?
E agora o que devo fazer?
Por onde devo ir?
Sigo um caminho igual ao que conheço ou tento encontrar um novo caminho?
Procuro um sinal luminoso a piscar que de alguma forma me indique o que fazer. Mas para quem anda na busca já há algum tempo sabe que os sinais são subtis e quase impercetiveis.
Aliás... Parece-me que o tal sinal luminoso a piscar é mesmo o despedimento...
E agora? O que eu escolho fazer com esta situação?
Pois é... Algumas coisas aconteceram por aqui...
Fico espantada comigo própria... porque ao olhar para trás vejo que trabalhei muito para conseguir mudar a minha consciência para um patamar mais elevado... e sinto que de alguma forma consegui atingir esse objectivo.
Na sexta-feira passada fui despedida. Alegam que com toda esta situação gerada pela pandemia, que aliada ao facto de as coisas já não estarem famosas desde o inicio do ano, que não têm condições em continuar a apostar nos projectos a que tinha sido alocada, pelo que iriam dispensar os meus serviços no final do ano. Largaram a bomba, despediram-se e pediram para esperar que os recursos humanos entrassem em contacto.
No momento fiquei sem ar... É claro que custa receber uma noticia destas... afinal foram 18 anos da minha vida associada a esta empresa. Mas analisando friamente esta situação... aquilo que me prendia a este trabalho era o salário ao fim do mês... É estranho aquilo que estou a sentir... sinto que fui liberta ao fim de 18 anos de prisão... e que agora, finalmente, posso escolher seguir pelo caminho que eu quiser.
Parece-me que o mais difícil vai ser lidar com a minha família. As conversas vão todas dar ao mesmo sitio como se fosse o fim do mundo... começa também a pressão para que arranje um trabalho igual e nos mesmo moldes daquele em que ainda não saí...
Muito honestamente, não sei se quero seguir por aí... os meus interesses mudaram muito nestes últimos 18 anos. Compreendi e aprendi tanta coisa que só de pensar em me meter numa situação igual me dá calafrios e apertos no coração.
O meu maior medo é o de não conseguir seguir pelo meu caminho, aquele que faz cantar o meu coração... ou pior... o de não conseguir perceber o que é que o meu coração está a cantar e fazer alguma escolha errada... bem... agora que escrevo... percebo que aquilo que tenho medo é de ter de ouvir alguém a dizer : "Eu avisei-te"... e por isso todas as situações pelas quais tiver de passar são como uma espécie de castigo por não ter feito aquilo que queriam que eu fizesse...
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