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Sempre achei o máximo estas caixinhas!
A minha princesa nasceu exactamente no dia em que estava previsto, dia 9 de Dezembro de 2008. Mas a aventura começou um pouco antes. Eu e o papá demos grandes caminhadas nos dias 6, 7 e 8. Na noite do dia 8 decidimos ir ao cinema,então lá fomos até ao Forum Almada, compramos os bilhetes e fomos jantar... mas antes de jantar comecei a sentir-me humida... fui à casa de banho e verifiquei que estava completamente molhada... voltei para junto do papá... e disse-lhe que achava que estava na hora... as emoções começaram a fervilhar... mas de acordo com o que aprendemos no curso de preparação para o parto voltei para casa... tomei banho, acabei de arrumar as malas... ficamos um bocadinho deitados na cama a olhar um para o outro... e decidimos ir até ao hospital garcia de horta para confirmar se foram mesmo as àguas que rebentaram...
Por volta das 22h chegamos ao hospital... fiz a inscrição e fui logo atendida... CTG... toque... e qual não é o espanto da médica e enfermeira... 3 dedos de dilatação... e eu calminha... e sem dores! Lá fui avisar o papá que estava na hora! Passei logo para o bloco de partos, ligaram o soro, o antibiótico e fiquei na sala de dilatação... O pior foi que as coisas estavam muito lentas... Na sala de dilatação estive a maior parte do tempo sozinha, pois elas (as outras grávidas) entravam e saiam num instante... ouvi o primeiro parto... os gritos da mãe... o choro do bebé... e comecei a sentir-me nervosa... entretanto como estive a maior parte do tempo sozinha, as enfermeiras foram maravilhosas e deixaram o R. entrar e ficar ao pé de mim para me dar mimos... só teve de sair quando veio a anestesista para a milagrosa epidural! E com isto tudo as horas foram passando (para mim até foram bem rápidas)... e chegou as 8h da manha e novo turno de equipa médica! Neste turno estava a enfermeira do CPP que foi 5 estrelas (sabe muito bem nestas alturas ver uma cara amiga)... como estava com 5 cm de dilatação passei para as chamadas boxes e ai o R. já pode entrar e ficar sempre ao meu lado. Cá fora as avós desesperavam... pois as horas passavam e continuava tudo na mesma... chegou a hora de almoço... as minhas queridas enfermeiras foram almoçar (eu já me encontrava na fase de fazer força) e quando regressaram ainda estava só com 9 cm de dilatação... então decidiram dar uma ajudinha, aumento da dose de oxitocina... e umas massagens periniais... tudo à minha volta pareceu desaparecer e apenas me conseguia concentrar nas contracções e na força... sei que ainda tiveram de fazer um CTG interno, deram-me uma mascara de oxigenio... e epiosotomia... a partir do corte não me lembro de mais nada... parece que entrei num estado de transe... e foi tudo automático... pareceu-me que só acordei do transe quando a senti em cima da minha barriga e ouvi o seu choro... médicos que assistiram pela porta, a enfermeira que esteve em cima da minha barriga... lembro-me muito vagamente! Depois levaram-na para a tratarem e eu ainda estive mais meia-hora à espera que a placenta descolasse... e depois ainda levei os pontos...O R. foi um valente, esteve sempre ao meu lado, a mimar-me, a ajudar-me nas respirações a dar-me força! Foi sem dúvida muito importante a sua presença! Deu-me coragem e calma!
Foram cerca de 17 horas de trabalho de parto... mas para mim o pior foi as 24 horas seguintes...
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