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Sempre achei o máximo estas caixinhas!
A dualidade. Só depois de estarmos na sombra, na escuridão é que conseguimos perceber a luz. A sombra é então a ausência de luz. Um dia vamos todos compreender que não existe o bom e o mau. Apenas situações e factos. Tudo faz parte de um plano maior e acredito que tudo sempre acontece por uma razão. Por vezes sofremos e achamos que tudo está a correr mal, mas simplesmente porque nos ensinaram a olhar para essas situações dessa maneira. É por isso que reagimos com tanta dor e sofrimento. Aos poucos a humanidade está a mudar. É um processo complexo e tão simples ao mesmo tempo. Porque a nossa mente é tão criativa que consegue criar uma espiral de ilusões. O meu desafio, é então aprender e ensinar a olhar para a vida com outros olhos. Aprender e ensinar que a vida faz sentido quando estamos todos juntos, mas que também é importante os nossos momentos solitários, de forma a equilibrar, mudar e compreender as nossas emoções, sentimentos, desejos e objetivos. Porque mudar é bom, ajuda a crescer e amadurecer. Confiar sem reservas, que estamos onde devemos estar. Cooperar em vez de competir. Aceitar que as diferenças são positivas. Ser feliz com o dia de hoje. Com o que se tem. Ter ambição, claro! Mas uma ambição positiva. Uma ambição de construção. Para o Bem Maior. Sem prejuízo de ninguém. Um dia será assim! Todos os caminhos apontam para essa direção!
Mesmo a jeito este tema. Assim dá para divagar um bocadinho. A “sociedade” ensina-nos que temos de fazer isto, aquilo e mais um par de botas. E eu, depois de cumprir esses requisitos entrei em negação e confusão geral. Pois nada me fazia sentido. Era como se andasse a deriva, sem qualquer tipo de rumo. E qualquer direção servia. Nada importava. A minha alma gritava de agonia. Confesso, que quando decidi mergulhar mais a fundo no meu Ser, fiquei perplexa com aquilo que descobri. Descobri que tinha pensamentos de morte. Dei por mim a desejar ter uma doença grave, para poder ter uma desculpa para desistir. Dei por mim a desejar morrer, para não ter mais de sofrer com o buraco enorme que sentia no meio do meu peito. Não estava a conseguir encaixar as peças do meu puzzle de vida, e de acordo com os padrões ditos “normais” da sociedade, eu era um completo fracasso. E aceitei passar pelo meu processo e me entregar ao Universo. Não tem sido um processo fácil. É difícil aceitar, confiar e deixar fluir. Ensinam-nos que devemos controlar, lutar, fazer e acontecer. Quando na realidade não é bem assim. (Atenção, para mim, não é bem assim.) E os meus últimos anos têm sido passados a aprender a olhar para tudo de uma forma diferente. E quando estou a sentir muita resistência, tento perceber o que é que o meu Ego está a sentir, qual a emoção dissimulada. Esta fase ainda não está bem definida e fácil. Ainda levo algum tempo a processá-la. Mas está tudo bem. Tenho de dar tempo ao meu tempo. Este ano, o meu desafio pessoal é aprender a valorizar-me, porque sou como sou. O que faz sentido para mim, não tem de fazer para os outros. E está tudo bem. Um passo de cada vez. Uma coisa de cada vez. Preciso trabalhar as relações. A relação comigo e as relações com terceiros. Nos seus diferentes níveis. Foi um longo processo de isolamento e transformação. E agora a borboleta está pronta para começar a romper o seu casulo.
Felicidade na Unidade.
O Pai Natal vai reformar-se. O Rudolfo nem queria acreditar. Foram anos fantásticos de uma parceria incrível. Para ele, não estava a ser nada fácil este período de transição. Ainda por cima, tinha ficado com a responsabilidade de escolher o sucessor. Rudolfo sentia-se meio perdido, porque nunca tinha pensado nesta possibilidade e ele não sabia o que esperar da pessoa.
Ia entrar a ultima pessoa. E Rudolfo estava desanimado. Das 550 entrevistas que já tinha feito, ninguém se parecia adequado para o papel. Faltava-lhes qualquer coisa… ou seria ela que não sabia o que escolher. Rudolfo estava mesmo em baixo.
Fausto entrou. Um sorriso de orelha a orelha. Era jovem, alto e um cabelo cheio de caracóis.
- Bom dia Rudolfo! – Disse cheio de entusiasmo. Então como tem estado a correr as entrevistas? Reparei que a sala estava cheia de grandes candidatos. É engraçado como a maioria parecia mesmo o Pai Natal. As barbas, o cabelo, a barriga!!!!
- Pois… disse o Rudolfo sem levantar os olhos e a querer acabar com aquela entrevista... Tu não pareces o Pai Natal…
- Eu sei. Mas não é isso que tu procuras, pois não? – perguntou Fausto.
Finalmente o Rudolfo levantou os olhos. Aquela pergunta captou a sua intenção?
- Eu sei que não tenho o aspeto do Pai Natal. Mas eu vibro com o espírito do Natal. O prazer de poder ir de casa em casa, visitar cada pessoa individualmente e perceber o que essa pessoa realmente precisa e poder ajudá-la. Fico de coração cheio. Poder doar um pedacinho de mim e acreditar que vai tornar o mundo um local melhor. Acredito na magia do amor. E é só isso. Um passinho de cada vez. Sei que é nos pequenos gestos que podemos conseguir grandes resultados.
- Rudolfo estava de olhos esbugalhados! Nunca tinha pensado no assunto daquela maneira. Mas era isso. Ele estava a procura mais do que a imagem do Pai Natal. Ele procurava alguém para dar continuidade à magia do servir e da doação ao próximo. Alguém com a capacidade de se entregar totalmente sem expectativas de contrapartidas. Apenas pelo prazer do Natal.
E foi assim que o Pai Natal Nicolau passou a ser o Pai Natal Fausto.
Feliz Natal!
Reflexão Pessoal
Pensei isto milhares de vezes. Chorei e barafustei. Gritei bem alto para toda a gente ouvir. Até que um dia, foi como se tivesse levado alguns murros bem no meio do estômago e no alto da cabeça... e finalmente percebi tudo. Sim, eu nasci para isto e escolhi tudo isto. Se estou a passar por algo é por uma razão maior e só tenho de perceber o que posso aprender com esta situação. Aceitar e agradecer. E se necessário perdoar. O segredo para tudo, mesmo tudo, está na linha de visão. A forma como escolhemos olhar para nós e para tudo o que nos rodeia e experienciamos. Sim, é difícil, muito difícil. Sim, ainda me queixo e refilo. Mas sim, quando me apercebo de estar a refilar, tenho a hipótese de mudar. E sim, por vezes leva tempo, muito tempo, até conseguir mudar a linha de visão. Por vezes, dou um passo para a frente e dois para trás. Mas acreditar e continuar a experimentar aquilo que me faz sentido. E esta parte é mesmo muito importante para mim. Para eu conseguir avançar tem mesmo de me fazer muito sentido. Neste último ano, já tentei iniciar várias coisas… e não passou do primeiro dia… não fazia sentido… apesar de no início estar hiper-mega entusiasmada. E está tudo bem. Acredito que faz parte do processo da caminhada. Conseguir manter o equilíbrio.
A Vida É Bela
O filme se passa na Segunda Guerra Mundial onde Guido Orefice, um judeu dono de uma singela livraria judaica na Itália fascista, é capturado e mandado para um campo de concentração em Berlim, juntamente com seu filho, o pequeno Giosué; usando sua inteligência, espirituosidade e bom humor, Guido faz com que a criança acredite que ambos estão em um jogo, com o objetivo de protegê-lo do horror em que estão inseridos.
E de repente, sente uma forte dor na nuca… Guido Orefice abre os olhos e percebe que tinha acabado de cair da cama e batido com a cabeça ma mesinha de cabeceira. Respirou bem fundo e percebeu que tudo não passou de um pesadelo horrível. Olhou para o lado e sorriu, o seu pequeno Giosué, ainda dormia profundamente abraçado a mãe. Como ele era feliz e se sentia em Paz, ao lado daqueles que tanto ama!
Eram 06h30… e aqueles pássaros não se calam! Que raios… mas afinal quem disse que morar numa casa com arvores á frente era giro. Simone resmungou mais uma vez e virou-se na cama. Todos os dias era a mesma coisa. Um barulho infernal. Só lhe apetecia agarrar num machado e cortar a arvore. Lá voltou a adormecer e acordou à hora suposta. Estava irritada e sentia-se cheia de raiva. Ela só queria paz e sossego. Quando chegou ao trabalho nem queria acreditar. Na pequena janela do escritório, onde passava um dia inteiro fechada, estavam duas gaivotas a fazer barulho. Pareciam gritos lancinantes dentro da cabeça… Simone estava cada vez mais irritada e só lhe apetecia atirar com uma pedra a janela. Chegou a hora de almoço e Simone resolveu sair e apanhar ar. Conhecia um pequeno café onde finalmente podia se sentar em paz e sossego. Quando lhe serviram o café ela fechou os olhos e respirou fundo, finalmente podia estar em silencio. Quando de repente deu um sobressalto, um pombo veio pousar mesmo em frente dela a arrulhar. Não se calava!!! Simone não aguentou mais e foi ao WC vomitar. Parecia que lhe iam arrancar as entranhas. Mas afinal o que se passava. Os pássaros pareciam que a estavam a perseguir. Ficou num estado lastimável e com uma raiva gigante em relação a todos os pássaros. Logo ela, que só queria paz e sossego. Ligou à chefe e disse que se estava a sentir mal e que ia para casa. Estava a ser um dia para esquecer. Aqueles pássaros todos à sua volta que não se calam. Resolveu ir para um centro comercial. De certeza que ali não ia haver pássaros. Deu uma volta pelas lojas, foi olhando as montras e já estava a se sentir melhor e com fome. Resolveu então ir comer alguma coisa à área da restauração. Mas quando lá chegou estava um grupo de pessoas a rir e falar alto. Que chatice, pensou Simone. Eu que só quero paz e sossego e estão aqui estas pessoas sem noção que incomodam toda a gente… Sentou-se numa mesa mais afastada e quase que desmaiou quando percebeu que aquelas pessoas se intitulavam como o grupo do “Desafio dos Pássaros”!!!!! Que horror!!! – pensou Simone! Mas porque é que os pássaros a estavam a perseguir naquele dia??? Que significado poderia ter???
Olá, eu sou a Rebeca Eva Maria, e estou a viver com a minha família há dois anos. Quando cheguei, era uma gatinha muito assustada. A minha vida não tinha sido fácil até então. Não gosto nada de confusões e adoro estar sozinha. Por essa razão passei muito frio e fome… Antes de chegar a esta casa, já estava num sítio mais simpático que a rua. Umas pessoas simpáticas levaram-me para um abrigo, mas eramos tantos que eu ficava doida com tanta confusão, até que um dia me colocaram outra vez numa caixa com porta e finalmente conheci a minha família. Estive quase um mês debaixo de um armário e só saia quando os miúdos e graúdos iam dormir. Aos poucos fui percebendo que eles eram a minha família, que me respeitavam, alimentavam e cuidavam de mim, mas acima de tudo que me amavam. Um ano depois este sossego acabou… apareceu uma gata maluca e eu não gostei nada… hoje percebo que foi o melhor que me aconteceu… já não sei viver sem ela!
Olá, eu sou a Ruby Anastácia e estou a viver com a Rebeca e a minha família há um ano! Vivi na rua na mesma colónia que a Rebeca e também eu fui para o abrigo. Estive lá mais um ano que ela, mas quis o destino que nos voltássemos a juntar e desta vez, com a nossa família. Quando cheguei a Rebeca ficou um bocadinho chateada, pensava que lhe ia roubar o seu espaço, mas agora já percebeu que no coração da nossa família, que ficamos mais ricos e que o amor aumentou. Eu sou muito brincalhona e adoro miminhos. Não gosto nada de estar sozinha e só quero festinhas. Também já percebi que a Rebeca gosta de estar algumas vezes sozinha e aprendi que nessas alturas o melhor é não a chatear. Assim vou ter com as minhas pessoas e mio até elas me fazer muitas festas. Adoramos dormir em cima da nossa mãe, assim como os nossos irmãos!!! Um dia nesta casa é uma animação, quando estamos todos juntos fazemos algum barulho, mas também damos muitos beijinhos e abracinhos! Só temos pena é que alguns dias eles saem de manhã e depois só voltam quase de noite… mas pronto, nestas alturas aproveitamos para dormir e explorar a casa, porque assim que eles chegam o nosso sossego chega ao fim!
As viagens em família são sempre uma animação. Com crianças pequenas então nem se fala. Estão sempre ansiosas por chegar. É típico ouvir a pergunta: - Já chegámos?, mais 10.998 vezes durante o caminho. É claro que os meus filhos não são diferentes dos demais. Confesso que por vezes me falta a paciência. Mas agora, que tenho de pensar neste assunto, chego a conclusão que é amoroso e delicioso. Nós adultos, deveríamos manter esta inocência e curiosidade em tudo e aproveitar mais a vida. Divertirmos mais durante a viagem e não vivermos tão obcecados com a chegada ao destino final. Nem a propósito, hoje no caminho para a escola, o meu filho ia a ouvir o CD do seu herói favorito, o Capitão Miau Miau. E a música final era mesmo sobre este tema, o fim da aventura foi igual ao inicio... mas o caminho que fizeram até chegar à fonte dos desejos foi nada mais, nada menos, que colocar em movimento a realização dos seus sonhos!
Acordaste nu, sem te recordar de nada, numa ilha deserta.
O meu navio naufragou. Eu Princesa do Reino da Alegria, estava ali… sozinha, sem roupa e o pior de tudo… sem me lembrar de nada. Hoje quando olho para essa situação, consigo rir, mas na altura estava completamente confusa e cheia de medo. Acordei na praia. A minha roupa estava desfeita e à minha volta só existia escombros, lixo, areia e mar…
Sentei-me. Não conseguia recordar como tinha ido ali parar. Nem de onde tinha vindo. Era como se estivesse com todas as minhas memórias apagadas. Estava completamente perdida, porque não sabia o que fazer nem para onde ir. Chorei. Chorei muito. Só queria desaparecer. Nada fazia sentido. Chorei tanto que esgotei a minha energia, fiquei exausta e adormeci.
Umas horas depois, voltei a acordar. Olhei de novo em volta, mas desta vez reconheci a praia e o aspeto de destruição à minha volta. No entanto, algo dentro de mim, estava diferente. Era como se as lagrimas tivessem dissolvido um nó dentro de mim. Continuava confusa em relação a todos os acontecimentos. Mas naquele momento, decidi que estava com frio e que tinha de fazer algo em relação a isso. Eu ansiava por sentir o meu corpo aquecido. Então levantei-me e comecei a olhar para o lixo, com novos olhos. Aquilo era um novo mundo cheio de possibilidades. Reparei então que existia peças de roupa e tecidos espalhados ao longo da praia. E senti-me cheia de sorte. Não estavam a brilhar, as rendas estragadas, mas isso não interessava. Vesti umas calças largas que apertei com uma corda, uma camisola com alguns buracos que aconcheguei com um casaco com outros buracos. Felizmente os buracos estavam em sítios diferentes e senti-me feliz. Juntei alguns pedaços de madeira e com esforço e imaginação consegui acender fogo. Lembrei-me que tinha visto a minha avó fazer aquele ritual do fogo inúmeras vezes e que me fascinava. Quando olhei em volta, agora mais confortável e quente senti que estava com fome e vi a minha volta existia arvores com fruta e um riacho com água doce, e senti-me abençoada. Afinal tudo o que precisava ia se materializando… ou será que era o meu olhar, a minha linha de visão que se alterava… e a magia continuou a materializar-se pois um barco surgiu no horizonte…
Querida Criança,
Hoje devo escrever para ti. E pensei em dar-te vários conselhos. Mas na verdade acho que não devo fazê-lo. Apenas te posso dizer que aproveites. Que sejas feliz. Que vive o momento a momento. Que não tenhas medo do amanhã nem te prendas ao ontem. Vive o Agora. Acho que foi num filme do Panda Kung Fu, que li uma das frases que ficou cá dentro gravada. O Presente chama-se Presente por alguma razão (Presente = Prenda). Aproveita e usufrui. Recentemente também ouvi uma explicação que também me fez muito sentido. Normalmente a nossa mente projeta várias imagens como num filme a uma velocidade estonteante. A maioria das vezes nós nem sequer estamos conscientes disso. E de alguma forma esse filme vai condicionando a nossa via e a nossa maneira de ser. Mas estar consciente desta situação leva tempo e precisa treino. E o treino consiste em passar por momentos bons e outros menos bons. Mas aproveita e tenta no final de cada situação colocar-te como um espectador e perceber o que podes aprender. Da próxima vez que passares por algo semelhante o que podes fazer de diferente para te sentires mais feliz. Também é verdade que primeiro temos de nos perder e ver a noite escura da alma para depois nos encontrarmos e percebermos o que é a Luz. E é isto. Fazer sempre tudo com calma, consciente e acima de tudo, que te faça sentido. Que te complete, que te faça sentir um com todos e um contigo. Que todos fazemos parte de um puzzle e que cada peça individualmente é diferente, mas só faz sentido todos juntos. Que sejamos felizes e que o Amor nas suas mais variadas vertentes e variantes seja sempre o nosso objetivo final. Atualmente vivemos num momento fantástico de transformação e para isso basta olhares para as outras crianças e veras que elas já têm o Amor como guia.
Beijinhos minha querida criança!
Sê feliz!
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